sábado, 26 de novembro de 2011

Cresce a procura por cursos presenciais de licenciatura

 

 
No percurso da década 2000-2010, as matrículas em cursos de licenciaturas presenciais tiveram um crescimento expressivo entre os anos de 2003 e 2008, quando passaram da casa de um milhão de ingressos, segundo dados do censo da educação superior coletados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Em 2000, o censo registrou 836,1 mil matrículas e, em 2003, esse número alcançou 1,1 milhão. O pico do crescimento aconteceu em 2005, com 1,2 milhão de ingressos na modalidade. Nos anos seguintes, o censo mostra um decréscimo lento, mostrando o ano de 2010 com 928,7 mil ingressos nas licenciaturas em todo o país.

Entre as cinco regiões, o maior crescimento ocorre no Norte, com quase o dobro das matrículas no período de dez anos. Nessa região, o censo registra 50,5 mil matrículas em 2000 e 97,5 mil em 2010. O Nordeste também apresenta crescimento expressivo na década, passando de 177,8 mil matrículas em 2000 para 237,4 mil em 2010.

O oposto acontece na região Sul. Das 164,6 mil matrículas realizadas em 2000, a região sofre queda para 131,5 mil em 2010. Apenas o Paraná apresenta crescimento no final da década – de 55,7 mil matrículas (em 2000) para 56,8 mil (2010). O Rio Grande do Sul é o estado com maior redução de matrículas no período, passando de 73,2 mil (em 2000) para 51,8 mil (2010).

Em 2010, o estado campeão em número de matrículas em licenciaturas presenciais foi São Paulo, com 194 mil ingressos. Considerando o mapa das regiões, o Paraná é destaque no Sul, com 56,8 mil; a Bahia, no Nordeste (48,2 mil); Goiás, no Centro-Oeste (32,6 mil), e o Pará, no Norte (30,2 mil).

Assessoria de Comunicação Social

 

sábado, 19 de novembro de 2011

Indicadores de avaliação de instituições revelam melhora de qualidade

O Ministério da Educação avaliou 2.176 instituições de ensino superior, sendo 229 públicas e 1.947 privadas, entre universidades, centros universitários e faculdades. O ministro Fernando Haddad, ao anunciar os indicadores de qualidade nesta quinta-feira, 17, considerou que, no cômputo geral, a qualidade está melhorando. “Temos hoje professores mais titulados e que se dedicam mais ao ensino do que no passado”, disse.

Junto com a melhora da formação dos docentes, Haddad disse que está sendo feito um investimento pesado tanto nas instituições públicas como nas particulares. No grupo das universidades federais, ele destacou as boas notas obtidas por nove das 14 novas universidades criadas a partir de 2003 e que passaram por avaliação em 2010. Segundo ele, oito universidades ficaram com nota quatro e uma alcançou nota cinco.

A avaliação gerou o Índice Geral de Cursos (IGC) por instituição, com notas de um a cinco pontos. As notas de três a cinco significam conceito satisfatório e as notas um e dois, desempenho insatisfatório.

No quadro de notas obtidas pelas 2.176 instituições, 27 delas alcançaram cinco, sendo 16 públicas e 11 privadas; 131 obtiveram nota quatro (65 públicas e 66 privadas); 985 aparecem com nota três (90 públicas e 895 privadas); 674 tiveram nota dois (41 públicas e 633 privadas); nove tiveram nota um (duas públicas e 335 privadas). Outras 350 instituições participaram do ciclo avaliativo, porém os cursos que não obtiveram o Conceito Preliminar de Curso (CPC) por não atender a um ou mais itens dos oito medidas de cálculo ficaram sem conceito.

Autonomia – Mas sete centros universitários e uma universidade com baixa qualidade e avaliação insatisfatória estão perdendo hoje sua autonomia. Eles não podem mais abrir cursos sem a autorização do MEC, nem novas vagas. As medidas também atingem instituições de ensino superior que oferecem educação a distância. “Vamos impedir que essa modalidade importante para a democratização do acesso à educação superior sofra com problemas de qualidade”, explicou Haddad.

“Queremos continuar promovendo a expansão, a interiorização dos cursos, a educação a distância, os cursos superiores de tecnologia, contudo vamos fazer isso com o rigor que o Sinaes [Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior] exige”, afirmou o ministro, lembrando que o sistema está em forte expansão – o ano de 2010 fechou com cerca 6,5 milhões de universitários.

Cursos – Também passaram por avaliação no ano passado 4.143 cursos superiores de graduação. O produto da avaliação de diversos itens é o Conceito Preliminar de Curso (CPC), expresso com notas em uma escala de um a cinco pontos. As notas de três a cinco significam conceito satisfatório e as notas um e dois, desempenho insatisfatório.

Na distribuição dos 4.143 cursos, o mapa do CPC aparece dessa forma: 58 cursos de graduação alcançaram nota cinco; 728 (quatro); 1.608 (três); 575 (dois); 19 (um); e 1.155 cursos das áreas avaliadas aparecem “sem conceito”. Neste caso, o curso não teve a nota final porque faltou um ou mais dos itens que compõem o Conceito Preliminar de Curso.

Medidas – De todos os cursos de medicina que, por terem notas baixas, entraram em processo de supervisão nos últimos anos, Haddad informou que 95% deles atingiram patamar mínimo de funcionamento, o que representa uma vitória do sistema de avaliação.

Mas um novo grupo de cursos de medicina terá 446 vagas cortadas neste ano, enquanto que cursos da mesma área que obtiveram nota máxima nas avaliações dos ministérios da Educação e da Saúde estão autorizados a abrir 320 novas vagas.

Cortes – Haddad anunciou que os mesmos critérios aplicados pelo MEC para os cursos de medicina, direito e pedagogia com conceitos insatisfatórios em anos anteriores, agora serão estendidos a todos os cursos de graduação.  São cursos da área da saúde e cursos de ciência contábeis e administração que terão cerca de 50 mil vagas suspensas para ingresso em 2012.

Nos cursos com pior avaliação, o corte atinge 65% das vagas oferecidas em 2010 e nos demais o corte será de 20%. Além do corte, a instituição precisa assinar com o MEC um termo de saneamento das deficiências com prazo de duração de um ano.

domingo, 6 de novembro de 2011

Direito à Educação, como efetiva-lo?

Considerações ao texto lido sobre O DIREITO À EDUCAÇÃO: um campo de atuação do gestor educacional na escola, de Carlos Roberto Jamil Cury.

Todas as disposições normativas apresentadas no texto fazem parte do campo de atuação do gestor educacional na escola. A atenção com a freqüência do aluno, a qualidade na aprendizagem, o tempo de estudo durante todo ano letivo, a comunicação as autoridades competente, a formação dos conselhos de pais, de professores, de conselhos escolares, a elaboração do Regimento Interno da Escola, do Projeto Pedagógico, entre outras ações garante com certeza a efetivação do direito a educação para todos, pois todos deverão ser parte nesse processo democrático de liberdade e respeito ao pluralismo em busca da igualdade.
O ensino elitista que perdurou durante séculos na história do nosso país não poderá jamais ser retomado, assim não estaremos cumprindo o direito subjetivo a educação dos nossos alunos. É preciso reconhecer e admitir a diversidade, e não a homogeneidade. Todos nós somos diferentes, e é essa diferença que enriquece a aprendizagem, nos tornando iguais tendo acesso aos meios adequados de formação e elaboração do conhecimento cognitivo para o pleno desenvolvimento do cidadão na sociedade.
Mas tudo isso é fantástico, a pedra no caminho é: como sensibilizar a comunidade escolar, principalmente professores, pais e alunos a estruturar as normas internas da escola?; os planos de ações a serem desenvolvidos durante o ano letivo?; como fazer com que o coletivo da escola estruture o seu Projeto Político Pedagógico?
Esses são questionamentos que julgo importantíssimos, pois entendo que a gestão não se resumi no trabalho singular do gestor, mas de  um grupo, com as idéias concatenas em prol da formação plena do cidadão enquanto sujeito de direito, e que deve fazer parte do Estado Democrático de Direito.
Na minha atuação tenho constantemente dificuldade em aplicar as normas, em efetivamente garantir o direito à educação para meus alunos. O Estado não nos assegura mecanismos suficientes para tal. Há falta de recursos humanos para socializar as atividades da gestão, o que causa concentração de atividades para o gestor e, conseqüentemente a inércia dos trabalhos. Restando ao gestor executar as tarefas urgentes, sem a mínima condição de adentrar as questões intrínsecas e extrínsecas da escola. Aliado a esse fator há pessoas despreparadas profissionalmente, o que torna o trabalho mais longo, pois antes é preciso ensiná-las, quando estão dispostas a apreender.
Confesso e desabafo tenho aprendido bastante, mas não o suficiente. Podem passar anos e anos, e eu sempre hei de apreender. Não é nada fácil, mesmo com pouco recurso seja ele de ordem pessoal, pecuniário, de estrutura física, não podemos perder o foco: a formação plena do cidadão, que ao longo da história lhe foi furtada o direito a educação, pois esse pertencia a uma minoria elitizada. Essa é a nossa grande missão, mas só atingiremos se unidos dentro e fora do espaço escolar professores, gestores, pais, comunidades, todos entendendo e reivindicando ao Estado o direito a educação e cumprindo nossos deveres em prol do bem comum.

Capela (SE), 06 de novembro de 2011
Profª Luciana Santos de Souza

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

DIA A DIA DO SEU FILHO

Cultive o hábito da leitura em sua casa.

* Ajude seu filho a conservar o livro didático. O material servirá para outros alunos futuramente.

* Acompanhe a frequência da criança ou do adolescente às aulas e sua participação nas atividades escolares.

* Visite a escola de seus filhos sempre que puder.

* Observe se as crianças ou adolescentes estão felizes e cuidadas no recreio, na hora da entrada e da saída.

* Verifique a limpeza e a conservação das salas e demais dependências da escola.

* Observe a qualidade da merenda escolar.

* Converse com outras mães, pais ou responsáveis sobre o que vocês observam na escola.

* Converse com os professores sobre dificuldades e habilidades do seu filho.

* Peça orientação aos professores e diretores, caso perceba alguma dificuldade no desempenho de seu filho. Procure saber o que fazer para ajudar.

* Leia bilhetes e avisos que a escola mandar e responda quando necessário.

* Acompanhe as lições de casa.

* Participe das atividades escolares e compareça às reuniões da escola. Dê sua opinião.

* Participe do Conselho Escolar.

Mais de 7 mil estudantes brasileiros concorrem a bolsas nos Estados Unidos

Mais de 7 mil estudantes brasileiros de graduação foram inscritos para concorrer a bolsas de estudos, na modalidade graduação-sanduíche, nos Estados Unidos. A seleção dos estudantes, por 165 instituições de ensino superior do país, ocorreu com base na primeira chamada pública do programa Ciência sem Fronteiras.

Os números iniciais da chamada foram divulgados na quinta-feira, 3, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Até o momento, cerca de 250 universidades norte-americanas firmaram acordo para participar do programa.

De acordo com o calendário da Capes, até o dia 21 próximo o International Institute of Education (IIE) deve definir em quais instituições será alocado cada estudante brasileiro. Em 17 de dezembro, a Embaixada dos Estados Unidos e os consulados norte-americanos espalhados pelo Brasil realizarão o Visa Day – Science without Borders, destinado à retirada do visto para os estudantes. Além de obter a documentação necessária, os brasileiros ouvirão palestras e receberão orientações sobre o sistema de educação superior dos EUA. O intercâmbio deve começar efetivamente em 15 de janeiro, com 1,5 mil estudantes.

O Ciência sem Fronteiras, lançado em 26 de julho de 2011, é um programa do governo federal destinado a consolidar, expandir e promover a internacionalização da ciência e da tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e da mobilidade internacional. O projeto prevê a concessão de até 75 mil bolsas em quatro anos, numa iniciativa dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia.

O aviso de chamada pública do Ciência sem Fronteiras foi publicado no Diário Oficial da União de 29 de agosto último, seção 3, páginas 27 e 28.

Alemanha — O programa prevê também a adesão da Alemanha, que deve receber 2,5 mil estudantes bolsistas por ano. “Com esse programa, o Brasil está sendo colocado no mapa da educação internacional”, afirmou o diretor do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (Daad), Christian Müller, durante a reunião de trabalho e balanço do programa realizada na quinta-feira, 3.

A chamada do Ciência sem Fronteiras para a Alemanha deve ocorrer ainda este mês, simultaneamente com as do Reino Unido e da França. Pelas previsões, mil estudantes começarão o intercâmbio, em março.

França — Também passa a integrar o Ciência sem Fronteiras o France Ingénieur Technologie (Brafitec). Estudantes brasileiros de graduação na área de tecnologia que queiram estudar na França podem se inscrever até 14 de dezembro, na página eletrônica da Capes, para se candidatar a bolsa de estudo.

O professor Geraldo Nunes, da diretoria de relações internacionais da Capes, recomenda aos estudantes que não percam os prazos. “O Ciências sem Fronteiras significa internacionalizar nosso sistema de ensino superior com o envio de estudantes a instituições de renomada competência”, destaca. “Isso vai provocar uma verdadeira revolução no nosso sistema superior, com o conhecimento que eles vão trazer de volta, com a possibilidade de parcerias futuras.”

Assessoria de Imprensa da Capes