quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Princípios e Mecanismos da Gestão Democrática

Antes de adentrarmos no conteúdo sobre os princípios e mecanismos da gestão democrática e suas implicações nas ações e decisões, tanto no âmbito das unidades escolares quanto na organização dos sistemas de ensino é providencial a observação de Libâneo (apud LIMA e JARDIM, 2004, p. 12) em relação à gestão democrática:


[...] a participação é o principal meio de se assegurar a gestão democrática da escola, pois possibilita envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar: a organização escolar democrática implica não só a participação na gestão, mas a gestão da participação, em função dos objetivos da escola.


Assim, a gestão democrática prevê a implementação de uma rede sistemática de ações que, disciplinadas, resultarão em benesses, comumente pensadas e promovidas pelo ideal democrático. É claro, respeitando o ideal de democracia para cada autor dentro do espaço escolar, afim de se chegar num consenso.


Posto isto, pode-se questionar o seguinte: como a democratização da gestão escolar, e sua conseqüente relação com o aspecto pedagógico, podem arregimentar os diversos segmentos sociais em torno de uma política que combata quaisquer iniciativas que contrariem as premissas da democratização?


A resposta não é única, nem tão pouco está formada, mas entendo que o  envolvimento da comunidade no processo de gestão democrática em caráter imprescindível, buscando entrosamento com todos os setores da administração escolar, pode ser uma resposta a indagação acima, mas não basta que se decida se determinado bem deva ser adquirido desta ou daquela forma, é importante que se acompanhe o processo seja ele qual for (planejamento, cotação, aquisição e conservação do patrimônio).


Bem como, não basta que se eleja um Conselho e este não exerça de modo efetivo suas atribuições. A prática efetiva da gestão democrática criará uma cultura conceitual acerca da educação, de modo a formar cidadãos imbuídos de uma nova postura social.


A Gestão Democrática deve possibilitar a construção de projetos educacionais com qualidade social, transformadores e libertadores, nos quais a escola, em seus diversos espaços e tempos, contribua efetivamente para o exercício dos direitos, a formação de sujeitos como cidadãos plenos, reafirmando os princípios da democracia, da solidariedade, da justiça, da liberdade, da tolerância e eqüidade, na direção de uma nova sociedade mais justa, igualitária e fraterna para todos, coletivamente.


A escola agrega contextos sociais diferentes e, justamente por isso, desejosos de um tratamento igualitário, que direcionam o debate no sentido de uma seara muito mais crítica e imaginativa, ao contrário daquela vertente autoritária de modelo verticalizado, onde não cabem discussões. É preciso dá tratamento igual para os iguais, e desigual para os desiguais, se não estaremos excluídos ainda mais os já excluídos.


A fundamentação da gestão participativa está na constituição de um espaço público de direito que, promova condições de igualdade, garanta estrutura material para serviços de qualidade e, crie um ambiente de trabalho coletivo que vise à superação de um sistema escolar seletivo e excludente.


As decisões coletivas devem ser pensadas à luz de um contexto mais amplo, que extrapolam os muros da escola. A participação dos diferentes segmentos na construção e decisão do projeto político-pedagógico escolar não deve acontecer só de forma espontânea, mas sim, realiza-se a partir da conscientização e perseverança de todos, bem como na criação de mecanismos de participação que viabilizem as intenções coletivas.


A democratização da gestão está diretamente conectada à qualidade da educação, na medida em que possibilita a participação de mais pessoas na construção do projeto pedagógico da escola e políticas públicas para a educação da comunidade, do bairro e do municipio, favorecendo a democratização dos saberes, o respeito às identidades, o desenvolvimento das pessoas, a formação das lideranças e a consolidação de uma cultura democrática e de paz.


Por fim, entendo que a escola, assim como o a sociedade, é capitalista e, dessa forma, reflete e reproduz a dominação, alienação e infantilização dos seus integrantes, a fim de que a população possa ser disciplinada mais facilmente para o mercado de trabalho. Nesse contexto, a efetivação da gestão democrática esta ligada à mudança nos fins da educação, e não somente em alguns processos. A escola não se tornará democrática por meio da simples instalação do Conselho de Escola, mas, sim, a partir do momento em que seus objetivos estejam atrelados aos da classe trabalhadora e que a mesma participe com poder de decisão na gestão.


 Profª Luciana Santos de Souza


Referências






 
BRASIL. Constituição. República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
DEMO, P. Participação é conquista. São Paulo: Cortez – Autores Associados, 1988.

PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. 3 ed. São Paulo: Ática, 2004.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública. São Paulo: Loyola, 1986. 



Essa alternativa melhora a qualidade da educação básica no Brasil?

O aumento do número de dias letivos, de 200 para 220 dias por ano, ou a ampliação da jornada diária para cinco horas são alternativas em estudo para melhorar a qualidade da educação básica. A informação foi dada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira, 21.

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) – nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – prevê para as escolas brasileiras carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas em no mínimo 200 dias de efetivo trabalho escolar. De acordo com o ministro, há evidências de que essa carga horária é baixa.

“Quatro horas por 200 dias é um caminho que nenhum país está trilhando”, observou Haddad. “Estamos conversando com secretários de educação, tanto municipais quanto estaduais, para verificar se nós podemos ampliar essa jornada.”

A proposta de ampliação da jornada se sustenta em estudos que apontam que o aumento da exposição dos alunos ao professor produz impactos na aprendizagem. Além das alternativas de aumento de dias letivos e de ampliação da jornada diária, pensa-se também numa possível combinação das duas propostas.

De acordo com o ministro, estudos estão sendo feitos para descobrir qual opção é menos onerosa para os cofres públicos, mas sem perder de vista o efeito sobre a qualidade da educação. “Não adianta adotar uma medida que é menos custosa, mas sem impacto na aprendizagem. Nós queremos efetividade para a melhoria da qualidade da educação”, disse o ministro.

Um desses estudos está sendo coordenado pelo secretário de ações estratégicas da Presidência da República, Ricardo Paes de Barros. Segundo ele, o aumento do tempo de permanência dos alunos na escola produz impactos positivos na aprendizagem. Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) é a oferta de educação integral em 50% das escolas públicas de educação básica até 2020.

Diego Rocha

Atividade do E-proinfo

Faça uma postagem contando sua experiência com ferramentas interativas. Eu tenho pouca experiência interativa com essa ferramenta, mas estou procurando mim familiarizar.
Relate, por exemplo, por que abriu seu primeiro blog; Abrir meu primeiro blog graças ao curso do e-proinfo, mas vai ser de grande valia para eu fazer meu portifólio de trabalho.
Como ou para que ele é usado; será atualizado diariamente, será utilizado de forma pedagógica.
De que espaços interativos ou redes sociais você participa; Facebook.
Como utiliza tecnologias digitais e a internet com seus alunos ou colegas; Diariamente de forma administrativa e pedagógica.
Quais são suas expectativas com o Projeto UCA e que impactos imagina que o laptop pode trazer para sua escola e para as salas de aula; As minhas expectativas são as melhores. O impacto é positivo se utilizarmos a maquina de forma pedagógica e negativo se não houver planejamento para uso, bem como se o professor não se ajudar e ajudar aos alunos o uso correto da máquina.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

REFLEXÃO

O futuro tem muitos nomes.
Para os fracos é o inalcansável.
Para os temerosos, o desconhecido.
Para os valentes é a oportunidade.
Victor Hugo
Uma semana de muitas oportunidades a todos os meus amigos.